quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

EDITAL DE ELEIÇÃO 2010

Motumbá Asé .

fAtenção.

O Presidente da Casa de Tradição e Cultura Afro-brasileira de Minas Gerais – CATABA - MG convoca todos/as associados/as a comparecer à assembléia geral, que elegerá a nova diretoria da entidade, para o quadriênio 2010/2014, dia 9 de Janeiro de 2010 (Sábado), às 16h, na Av. Dulce Geralda Diniz, nº 260, bairro Quintas Coloniais – Contagem MG.




Babá Mejeuí Erisvaldo D'Ogum
Equede Flávia de Oxaguian

Assessoria de Comunicação
Equede Luciana D'Oxum / Equede D'Ogum.



FORUM MINEIRO DE RELIGIOSAS(OS) DE MATRIZ AFRICANA

Motumbá asé, abanto internáutico



Representantes do candomblé e da umbanda lançaram nesta quinta-feira (10/12/09), em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o Fórum Mineiro das Religiões de Matriz Africana. Na ocasião, eles apresentaram a Carta de Minas Gerais, com os objetivos do fórum e algumas reivindicações, entre elas o combate ao preconceito racial e à intolerância religiosa. A audiência, requerida pelo presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), discutiu a situação das religiões de origem africana em Minas, sobretudo a discriminação sofrida pelos praticantes.
Durval lembrou que a reunião foi realizada no Dia Internacional dos Direitos Humanos. O deputado disse que a comissão decidiu discutir nesta data a intolerância contra o candomblé e a umbanda porque as diferenças religiosas têm sido usadas como justificativa para a opressão e a exclusão de determinados grupos sociais. Segundo ele, a perseguição contra religiões de origem africana parte principalmente de evangélicos e católicos de orientação pentecostal. Durval defendeu a liberdade de culto e citou, como exemplo, uma frase do líder budista Dalai Lama: "A melhor religião é aquela que te faz melhor".

O deputado Padre João (PT) afirmou que uma religião verdadeira e autêntica "comunica o amor", e que o desdobramento disso é o respeito, a valorização e a promoção da vida. "Não é autêntica a religião que semeia a discórdia, a desavença, o ódio ou que nega a vida", acrescentou.
Mobilização nacional - O coordenador nacional do Coletivo de Entidades Negras (CEN), Marcos Rezende, disse que há um esforço em todo o País para o lançamento de fóruns estaduais que representem os interesses das religiões de matriz africana. O objetivo é reuni-los num fórum nacional, a partir do ano que vem. Na opinião de Rezende, a união dessas manifestações numa só entidade é um momento histórico.

O coordenador do CEN afirmou ainda que as religiões de matriz africana tradicionalmente valorizam o papel da mulher, dos negros, dos idosos e reconhecem a liberdade de culto. "Se há um segmento religioso que respeita a diversidade é o nosso", disse Rezende, que integra o terreiro de candomblé Ilê Axé Oxumaré.
Para o coordenador do Conselho Nacional da Umbanda em Minas Gerais, Sérgio Yorotaman, as religiões de origem africana devem lutar pela divulgação do seu trabalho, sua cultura e suas manifestações artísticas e religiosas. "Uma forma de combater o preconceito é divulgar. As pessoas criam mitos porque não nos conhecem", declarou ele, ao comentar associações equivocadas entre esses cultos e rituais macabros. "A falta de conhecimento é o que leva à discriminação. Nós temos a obrigação de informar as pessoas que o culto aos voduns, aos orixás, não é magia negra nem magia branca, é energia", acrescentou Sandra de Vodun Jó, representante da nação Jeje Mahin do candomblé.
Ruth de Aziri, que representou a Associação Espírita de Culto Afro-Brasileiro Ya Aboring, disse que o objetivo do lançamento do Fórum Mineiro das Religiões de Matriz Africana é que essas manifestações sejam respeitadas e reconhecidas. Tatetu Kamunan, dirigente de um terreiro de candomblé em Ipatinga (Vale do Aço), reivindicou ainda a criação de uma data comemorativa dedicada aos cultos afro-brasileiros em Minas.

Tatetu Aladei, que dirige um terreiro em Coronel Fabriciano (Vale do Aço), celebrou o lançamento do fórum, mas alertou que, muitas vezes, há intolerância dentro do próprio candomblé. Ele defendeu a união de todas as correntes das religiões de matriz africana para lutar por seus interesses.

Durante a audiência, adeptos do camdomblé fizeram uma apresentação de músicas associadas ao culto.
È importante frisar, a importância da constituição do fórum e a participação de todos, no sentido a construir políticas públicas para erradicação do racismo e da intolerância religiosa. Tal participação, é um compromisso com nossa ancestralidade em prol dos que virão depois de nós, é um exercício de cidadania .

Parabéns a todos e que Olorum permita a continuidade desta iniciativa.

Motumbá Asé.
Babá Mejeuí Erisvaldo D" Ogum
Equede Flávia D' Oxaguiam

Luciana D"Oxum/ Equede D'Ogum
.Assessoria de Comunicação Ilê Axé Ogum Funmilayô

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