Motumbá Axé!
È com alegria, que apresentamos a vocês, este belíssimo trabalho de Babá Mejeuí Erisvaldo D" Ogum e Professor Doutor em Educação, atualmente é professor Adjunto II no departamento de Educação da Univesidade Federal de Ouro Preto, onde é coordenador do Grupo de Pesquisas Formação de Professores e relações Ètnico- Raciais- CNPq.
Formação de professores e religiõesde matrizes africanas; um diálogo necessário, vem contribuir nos diálogos sobre a implementação da lei 10.639/03, principalmente no que tange ás discussões sobre intolerância religiosa, que no interior das escolas perpassa pelo vazio discurso de ' somos todos iguais". O que em tempos atuais, sabemos que tal afirmação, não cabe mais. Vivemos uma época onde negros, indígenas, mulheres, homossexuais, idosos, religiosos, lutam por dignidade e respeito ás suas especificidades. Porém a escola, ainda não deu conta de contextualizar tanta diversidade. São disputas de poderes, quem ficará com a maior fatia do bolo? Discutir direitos e deveres, é discutir a "divisão do bolo."
Babá Mejeuí Erisvaldo D' Ogum, em seu livro, faz esta discussão com sabedoria e o mais interessante é que é apresentado ao leitor a filosofia da religião do Candomblé, a compreensão sobre Deus e as divindades, o Axé, o ser e o estar nesta experiência comunitária e perpassando historicamente em um contexto sobre as formas como a religião é compreendida e discriminada e o papel da Igreja Católica e demais religiões neo- petencostais. De fato, não é uma discussão fácil mas é imprescindível, principalmente que a mesma, parta do interior das escolas. A temática sobre intolerância religiosa e cultura de matriz africana deve ser tratada como uma questão de todos, para que possamos viver com respeito e não continuarmos a reproduzir o refrão da música " As Querelas do Brasil" de
Maurício Tapajós, Aldir Blanc. " O Brasil não conhece o Brasil/ O Brasil nunca foi o Brasil/ O Brasil não merece o Brasil/ O Brasil tá matando o Brasil".
Esperamos que todos possam ler este bonito trabalho de Babá Mejeuí, Erisvaldo D'Ogum,que fala não somente de sua experiência e percepção enquanto Babalorixá e Educador, mas sim de um cidadão Brasileiro preocupado em contribuir com o desenvolvimento da educação em seu âmbito maior, que é o direito ao pertecimento, seja em qualquer cultura.
Axé!
Ekéjí Luciana D' Oxum/ Ekéjí D' Ogum.
assessoria de comunicação.
Babá Mejeuí Erisvaldo D' Ogum